Chamo-me Agustín Seguí (à direita na foto), tenho 29 anos e pertenço ao Instituto Miles Christi. Estudo na Universidade Pontifícia da Santa Cruz e o meu irmão, Mariano (à esquerda na foto), que também pertence à mesma congregação, virá para o ano. Nasci em Ayacucho, na província de Buenos Aires (Argentina), a zona dos “gaúchos”, onde a agricultura e a criação de gado são os pilares da economia.
De “cristão de Domingo” a sacerdote
Apesar da educação católica que recebi na minha família, eu era um “cristão de domingo”, como se diz na Itália. Mas tudo mudou quando comecei a estudar medicina, aos 18 anos e fui viver para Buenos Aires; aí conheci muitos amigos que viviam a fé com alegria. Então entendi que ser cristão é mais do que limitar-se a fazer uma série de coisas (muitas das quais eu nem sequer praticava).
Apercebi-me de que fora da Missa dominical, no resto da semana e mesmo no resto do domingo, eu não era coerente. Comecei a ter desejos de aprofundar nas verdades da fé, comecei a rezar, a frequentar os sacramentos, a receber formação em grupos, a participar em missões, etc. Aos 20 anos fiz uns exercícios espirituais de Santo Inácio, e foi então que comecei a perceber qual era a minha vocação. Após meditar e de rezar, e graças à oração de tanta gente que pede pelas vocações, decidi dar o passo, confiando em Deus e na sua Providência. E ingressei no Instituto aos 22 anos.
Comecei a ajudar nas catequeses de crianças, nos grupos de jovens e universitários. E pude experimentar o imenso dom que é aceitar o convite de seguir Deus mais de perto, a alegria de entregar-me por completo. Ao falar disto, percebo que a correspondência a este chamamento ainda não é o fim da minha história: não é mais que o início, é só o primeiro “sim” dado a Deus.
Ao princípio eu só via que a vocação era uma coisa que Deus me pedia e onde a resposta dependia da minha generosidade, mas esta não é a perspetiva correta: Deus é que nos dá tudo; é certo que uma pessoa se entrega, mas é mediante essa entrega que obtém tudo. E isto só se vê quando se tem um diretor espiritual.
Agradeço-vos de todo o coração pela vossa ajuda, pelo vosso serviço a Deus e à Igreja. Poder estar em Roma, conhecer as experiências pastorais de companheiros de todo o mundo, ter professores do melhor nível académico, é um enriquecimento enorme do qual me sinto muito afortunado e agradecido.
Muitíssimo obrigado!
Agustín Seguí | ARGENTINA