Belvy Delphane Diandaga

bandeira da nacionalidade do bolseiro Congo

Chamo-me Belvy Delphane Diandaga e sou um sacerdote da Diocese de Brazzaville, no Congo, e estudo filosofia na Universidade Pontifícia da Santa Cruz.

Não consigo exprimir por palavras a minha gratidão

Nasci em 1985, no seio de uma família em que o meu pai é católico e a minha mãe protestante, mas desde os quatro anos que comecei a ter desejos de acompanhar o meu pai à Missa dominical, mesmo sem ter um verdadeiro conhecimento dela, e inscrevi-me aos sete anos na catequese católica, sem o avisar. Comecei a ser acólito, sem desejo de ser Sacerdote: Queria ser oficial do exercito ou juiz para defender os oprimidos e combater as injustiças do país.

No fim da escola secundária, assisti à ordenação de um sacerdote e não consigo dizer o que aconteceu nesse dia, mas apercebi-me que o Senhor chamava-me para o seu
serviço e falei com o meu pai, quando regressávamos de um ensaio do coro da paróquia.

Mais tarde, como seminarista, havia de descobrir, através dos estudos teológicos, que a Eucaristia é o sacramento dos sacramentos, o centro de toda a espiritualidade, porque é o
sacramento onde Cristo está totalmente presente, e cada vez apercebi-me mais da sublimidade e da nobreza do sacerdócio.

Mais de noventa por cento da população do Congo é cristã, e os católicos são aproximadamente cinquenta e dois porcento, mas a confissão evangélica avança cada vez mais no nosso país, e é cada vez mais necessário ter sacerdotes bem formados e com boa preparação cultural, para trabalhar, não só na própria formação do clero e do povo de Deus, como também na evangelização e na atenção dos pobres e dos que são indigentes quer espiritual, quer materialmente.

Por isso, após completar a formação e ordenado sacerdote decidi ingressar na École Normale Supérieure para continuar os meus estudos de filosofia.

Mas quem é que poderia imaginar que a nossa diocese, tão pobre em recursos materiais, pudesse ter a oportunidade de formar algum sacerdote no estrangeiro? No entanto, dois anos mais tarde, o meu bispo considerou que eu fosse para Roma.

Não consigo expressar por palavras a gratidão aos meus benfeitores: só posso rezar por eles cada dia para que Deus os encha de graça e de bênçãos.