Dani Guerrero

bandeira da nacionalidade do bolseiro República Dominicana

O meu nome é Dani Alexander Guerrero. Sou da República Dominicana e na minha família somos quatro rapazes e uma menina. A minha mãe é católica e o meu pai protestante. Os meus pais dedicam-se ao comércio de produtos alimentares.

Transmitiram-nos valores que amadureceram em todos nós e deram-nos exemplo de trabalho duro para nos proporcionar uma boa educação. A minha mãe está feliz com a minha vocação e o meu pai respeita-a e apoia que eu queira ser sacerdote. Os meus irmãos mais velhos não são muito de igreja e a minha mãe tenta motivá-los, mas Deus tem o seu tempo para cada um.

Dani Guerrero 1

Sempre gostei de estudar e de me formar para servir a sociedade. Estudei Pedagogia e trabalhei como professor num colégio protestante. Desde a universidade que o Senhor estava a preparar o meu caminho. Foi nesses anos que o meu pároco me falou de entrar no seminário, coisa em que eu nunca tinha pensado. Mas foi uma luz e uma porta que se abriu na minha vida.

Um dia, estando na catedral, numa Missa para os doentes em que estava o bispo, este disse: “Há um jovem que está interessado em entrar no seminário para ser sacerdote e se encontra em pleno discernimento”. Foi então que percebi que Cristo me chamava, era a mim que dizia isso.

Deus tem o seu tempo para cada um

Desde então comecei a refletir sobre a minha vocação e o que é ser sacerdote. E pensava no meu pároco por ser uma pessoa tão entregue aos outros. Eu via o meu pároco feliz, entregue ao Senhor e aos outros como sacerdote e isso foi conquistando o meu coração para me entregar eu também completamente.

Outro dia, estava a rezar diante do Santíssimo numa igreja e ouvi alguém que rezava atrás de mim. Quando saímos para a rua veio ter comigo pensando que eu era o sacerdote da paróquia e as suas palavras tocaram-me com força: era, para mim, outro sinal do Senhor que me chamava ao sacerdócio. A vocação é um mistério em que Deus te chama através de coisas correntes.

Finalmente, decidi entrar no seminário aos 22 anos e três anos mais tarde o meu bispo enviou-me para a Europa, a continuar os meus estudos, mas quando comentei aos meus amigos, eles tentaram dissuadir-me, por não poder ter uma mulher (eu tinha tido uma namorada aos 17 anos), nem família, nem filhos e por deixar uma profissão para a qual me tinha preparado. No entanto, o meu chamamento era mais forte e nenhuma dessas razões me parou. Agora já entenderam que estou feliz com a minha decisão e apoiam-me.

Graças aos benfeitores, estamos a formar-nos com muito entusiasmo para voltar às nossas dioceses para poder evangelizar.

Que Deus vos pague!