
Chamo-me Jeevan, nasci em 1998, em Andra Pradesh, um estado da Índia, onde mais de 90% da população é hindu. O meu pai, Bhaskar, morreu quando eu tinha 4 anos, sendo eu filho único e ninguém veio em ajuda da minha mãe, Parvathi. A minha mãe começou a ir a uma igreja protestante, porque alguns familiares afastados eram dessa religião, até que encontrou providencialmente um sacerdote católico, que nos levou à Igreja, onde ela encontrou muito consolo e muita ajuda.
Jesus foi o nosso único refúgio.
A nossa casta e a comunidade hindu desaprovavam a conversão ao cristianismo: eu e a minha mãe somos os únicos católicos em toda a família e em todo o clã, mas a minha mãe nunca se rendeu com as dificudades e foi para a frente com a sua fé. Ela levava-me á Missa e depois comecei a acolitar.
Batizámo-nos em 2005, quando eu tinha 7 anos. Aprendi muito da minha mãe, por ela ser tão feliz apesar das dificuldades, da sua piedade e dos seus valores morais e sobretudo do seu amor à Santa Missa, que foi o que despertou em mim a ideia de ser sacerdote. Quando tinha 13 anos contei à minha mãe e ela recebeu com alegria o meu desejo, mas pediu-me que amadurecesse durante algum tempo e refletisse, porque era muito novo para uma decisão tão grande. No entanto essa ideia continuava no meu coração e até crescia. Agora estudo em Roma, preparo-me para receber o sacerdócio e agradeço muito a coragem da minha mãe em oferecer a Deus o seu único filho.