Jorman Cáceres

bandeira da nacionalidade do bolseiro Venezuela

Sou Jorman da Venezuela. Sou o mais novo de quatros filhos e o único rapaz. Os meus pais tinham decidido emigrar para a Colômbia, onde já viviam as minhas irmãs, por razões económicas, quando lhes disse que eu queria ir para o seminário; quiseram ficar por minha causa, mas eu disse_lhes que era melhor que fossem ter com as filhas.

Sentia que Deus me podia pedir mais

Agora a minha família está muito contente e orgulhosa da minha decisão, mas esta não foi tomada sem algumas hesitações. Quando estava na universidade meti-me na pastoral missionária e fui o coordenador diocesano desse departamento, mas como sentia que Deus me podia pedir mais, comecei a tentar afogar a sua voz com namoros sucessivos, até que confessei a uma das minhas namoradas aquilo que me afligia: ela concordou em esperar, e se não fosse isso voltaríamos a encontrar-nos.

No Covid as coisas pioraram: a quietude da minha casa com a minha família, ainda me provocou mais inquietação por dentro, porque tinha deixado a voragem da minha vida e tinha tempo e calma para escutar Deus, e comecei a tratar da vocação pela internet e a dar os meus primeiros passos nessa direção.

Até que um dia o reitor do seminário me perguntou se queria ou não queria formar-me como seminarista. Eu disse que sim e eu acho que toda a terra parou e houve um silêncio total ao meu redor: imaginei o sim de Maria. Depois o meu bispo escolheu-me para vir estudar para a Europa e isso ainda dissipou mais as minhas dúvidas e hesitações.