Quando se deu a queda de Saddam Hussein, os cristãos do Iraque éramos um milhão e meio, 6% da população. A descida do cristianismo é o resultado de 16 longos anos de guerra étnico-religiosa no país, o que provocou que os cristãos que antes eram uma garantia da diversidade cultural pelo seu papel de mediadores, passassem a ser perseguidos.
Deus encarregou-me de uma missão: cuidar de crianças órfãs.
Saí da cidade de Mossul, onde vivia, depois da invasão do ISIS, e Deus encarregou-me de uma missão: cuidar de crianças órfãs.
Administrava o orfanato de St. Joseph, onde residiam crianças cristãs provenientes de diversas cidades controlados pelo ISIS que perderam os pais nas matanças. Foram testemunhas desta devastação. Quando escutávamos o terror do ruído da guerra a única forma de os acalmar era repetir-lhes: “Deus não nos deixa sozinhos; Deus é amor”.
Muitos grupos escaparam de cidades como Qaraqush, Alqush e da cidade cristã de Zakho, perto da fronteira com a Turquia. Nesta última trabalhei incessantemente para conseguir arranjar uma família cristã para cada criança. Há muita incerteza e preocupação no Iraque pelo destino dos cristãos da planície de Nínive.
Depois destas tragédias, o meu bispo convidou-me a continuar os meus estudos na Universidade Pontifícia da Santa Cruz, graças às contribuições de vários benfeitores. Quando regressar ao meu país gostaria de o ajudar a reconstruir, a estabelecer a cultura da alegria e da paz.