
Nasci no dia 26 de janeiro de 1993 e sou o mais velho de sete irmãos, três meninas e quatro rapazes. Cresci com a minha família paterna que era católica. A minha avó transmitiu-me a fé e levava-me à Missa todos os domingos.
O fogo da vocação era tão intenso que não o conseguia apagar.
Aos 8 anos pedi licença à minha avó para ser acólito e realizei esse serviço durante nove belos anos. Nesse período descobri a vocação para o sacerdócio, acesa por Deus através do exemplo dos meus párocos.
Em 2008 comecei a ir aos encontros vocacionais sem dizer nada ao meu pai porque pensava que ele não apoiaria a ideia. Em abril de 2009 morreu o meu pai; a sua morte perturbou-me muito porque, como era o mais velho, deveria assumir a responsabilidade de ser o “homem” da casa e deixei os meus planos vocacionais.
Após fazer o curso de química trabalhei durante um ano para ajudar a minha família, mas apercebia-me de que não era feliz: o fogo da vocação era tão intenso que não o conseguia apagar. Em 2012 escrevi uma carta ao bispo para que me aceitasse no seminário.
A primeira pessoa a quem contei foi à minha avó: surpreendeu-se, mas apoiou-me incondicionalmente e foi ela quem convenceu a minha mãe que, ao ser evangélica, não entendia o que significava ser sacerdote, mas por fim deu-me a sua bênção e graças a isso ingressei no seminário com o coração livre.
Em Roma comecei os meus estudos de filosofia, o que foi um grande desafio devido à língua, porque se somava o italiano ao zulu e ao inglês. Em 2018 faleceu a minha avó coisa que me desfez o coração porque queria que estivesse presente na minha ordenação, mas enche-me de esperança saber que está com Deus e também junto de mim.