O padre Dijo Olakkengil é um sacerdote indiano. «Pela primeira vez na minha vida, tive a experiência das quatro estações porque a minha terra só conhece uma estação. De facto, os meus pais e irmãs, que nunca saíram da nossa terra, não acreditam no impacto da experiência da mudança de estações. Mas o desconfortável é viver em Roma no verão, pelo excessivo calor, porque o frio, que vem com o inverno, uma pessoa aguenta-o graças à roupa, desde que seja quente e grossa».
Em julho encarregou-se de uma paróquia de Perugia e em agosto partiu para a Alemanha, para ajudar noutra. «Nos meus anos do liceu, quando estudei a história do mundo ocidental, ouvi falar da crueldade e dureza dos militares alemães, e temia-os, mas quando cheguei à Alemanha senti-me seguro e em casa, graças ao acolhimento do pároco, que me foi esperar à estação de comboio. O comboio chegou exatamente à hora que marcava na tabela, que eu recebi seis meses antes».
Era a primeira vez que estava na Alemanha e tinha dificuldades com a língua, «mas as pessoas foram muito amáveis e animaram-me muito: vinham ver-me e ajudar-me, e tornaram a minha estadia na Alemanha muito agradável; convidavam-me para as suas casas para rezar com elas e conversar com elas. Celebrava diariamente Missa em alemão. Outra tarefa importante era levar a Comunhão aos doentes; ficavam muito contentes quando lhes levava a Comunhão e rezava com eles. No último dia o pároco veio-me trazer à estação de comboio com lágrimas nos olhos.
Considerava-me como se fosse o seu próprio filho; era um homem amável e atencioso. Aprendi dele muitas coisas do trabalho pastoral».