
Chamo-me Edicson Acosta e sou venezuelano. Estudei em Roma, entre 2014 e 2017; vivi no Colégio Eclesiástico internacional Sedes Sapientiae, quando ainda era seminarista, e há quase sete anos que voltei à minha terra. Um dia de 2004 fui com a minha irmã visitar um amigo dela que era seminarista; assistimos à Missa e ao ver todos os seminaristas perguntei-me: como será viver aqui? Mas esqueci depressa essa pergunta: entrei na universidade e na universidade participei em atividades organizadas pela capelania, onde voltou a surgir aquela pergunta e tornou-se ainda mais forte, mas tentei calá-la muitas vezes, como Jonas.
Como será viver aqui?
Mais tarde fui convidado para ser membro de um júri do festival anual da canção vocacional nas instalações do seminário e logo ao começar foi projetado um vídeo sobre a vocação. Enquanto via o vídeo as lágrimas começaram a aparecer e o coração batia a mil.
Nesse momento recebo uma mensagem do meu irmão gémeo que também estava presente: “Sei o que estás a sentir”. Nesse dia disse ao Senhor: está bem; já sei que me estás a chamar: vou responder e ser sacerdote. Isto era 2013. Um ano depois estava em Roma. Éramos de muitos países e todos chamados a ser sacerdotes desde diversas realidades e culturas, mas o chamamento era o mesmo.
Construí grandes amizades com companheiros com quem mantenho o contacto e o coração ampliou-se, porque ao pensar na China, na Suíça, na Tanzânia, em El Salvador, na Argentina, no Sri Lanka ou no Equador, aparece sempre uma cara, um amigo: é extraordinário! Agora dou aulas no seminário da minha diocese – San Cristobal – e dou-vos graças por contribuírem para a minha formação. Peço-vos que continuem a apoiar tantos seminaristas e sacerdotes, porque o Senhor vos multiplicará a cem por um.