Vianney e Emmanuel-Marie, são dois irmãos, seminaristas, franceses, nascidos em Poitiers, o primeiro em 2000 e o segundo em 2002, no seio de uma família cristã de quatro filhos, que peregrinava habitualmente a Medjugorje e a outros santuários marianos. Ambos estudam em Roma e relatam que durante a adolescência de afastaram de Deus, embora tivessem sentido uma grande atração por Jesus e pela sua mãe.
Conta Vianney: O chamamento para ser sacerdote crescia em mim desde os 13 anos, quando veio à escola uma pessoa da pastoral penitenciária. Este encontro impressionou-me porque vi a beleza de levar a mensagem do Evangelho àqueles que já não tinham esperança, nem um horizonte, nem sentido para a vida. Então perguntei o que queria fazer com a minha vida. Mas esta inquietação era afogada com festas. Aos 17 anos comecei a universidade noutra cidade, onde não tinha amigos e então o ambiente de festa já não ia comigo pelo que procurei consolo na oração e nos sacramentos. No fim do ano letivo decidi passar um mês com a minha madrinha, que é religiosa da comunidade das Bem-aventuranças. Ela sempre foi um modelo para mim e uma referência na minha vida espiritual. Então decidi deixar os estudos universitários e conheci a Comunidade da Obra de Jesus Sumo Sacerdote.
Faz-me teu servo!
Emmanuel-Marie: Para mim o grande impulso eram os jovens que eu via nas peregrinações com a minha família, e, claro: o meu irmão! Aos 16 anos fui a Medjugorje sozinho, a um festival da juventude e o Senhor fez crescer em mim esta oração: “Faz-me teu servo!” Quando estava diante do Santíssimo e recebia a Comunhão repetia essa oração.
Ao regressar comecei a ir à Missa com mais frequência, rezava mais, ia à Adoração… mas sentia medo. Medo de que o Senhor me chamasse ao sacerdócio e tivesse que renunciar a casar-me e a ter uma vida, digamos, “minha”. Nessa época, um dia de dezembro fui à Missa. Quando entrei na capela, olhei para Jesus e disse-lhe: o que é que Tu queres realmente para mim, o que é que Tu queres que eu faça com a minha vida? Fiz esta petição com grande intensidade e nada, nenhuma resposta no meu coração.
No entanto, começou a Missa e quando o sacerdote levantou a hóstia e disse as palavras “Este é o meu Corpo que será entregue por vós”, senti no meu coração que Jesus me dizia: “A tua resposta está diante de ti”. E vi que o sacerdote levantava a Hóstia. Nesse momento tão intenso, mas impossível de descrever, mesmo com as palavras mais bonitas, senti no meu coração que Jesus me chamava para ser sacerdote como se me dissesse interiormente: “Gostava que te entregasses totalmente a Mim, mas és livre”.