
Chamo-me Lucas Carballo, nasci no ano 2000 e sou uruguaio. Uruguai é o país mais ateu e secularizado da América Latina. Existe uma forte presença da maçonaria, e muitas leis são imorais sobre o aborto, o consumo de marijuana, LGBT, etc. Na minha paróquia havia umas irmãs da Madre Teresa de Calcutá.
Eu via que elas deixavam tudo, indo para longe da sua família, para lugares com outra cultura, língua, etc. e se tornavam “uruguaias” só por amor a Jesus e para saciar a sua sede de amor pelas almas. Quando eu era criança, uma delas criou o grupo dos “pequenos missionários”: tínhamos que nos comprometer a ir à Missa todos os domingos e a rezar o terço todos os dias.
Eramos missionários porque levávamos com a nossa família, uma imagem com os corações de Jesus e Maria a casa de outra família e ali rezávamos juntos o terço; passada uma semana íamos lá buscar a imagem e levá-la para outra família. Isto despertou o meu desejo de ser missionário.
No Ano da Misericórdia, 2016, falaram-me de ganhar a indulgência plenária. Perto do meu liceu situava-se o Santuário da Virgem dos Trinta e Três, padroeira do Uruguai, mas eu nunca lá ia. Então fui. Ajoelhei-me aos pés da imagem da Virgem e pedi-lhe que me dissesse qual era a vontade do seu Filho para mim.
Nessa altura começou-se a ouvir uma canção na basílica que dizia: “Quero cair na terra e morrer, se não ficarei só; sou um grão de trigo, quero dar muito fruto…” Tinha que entregar totalmente a minha vida.
Em 2018 ingressei numa congregação missionária. Depois em 2019 enviaram-me para Roma, onde estudo agora no primeiro ano de teologia. Obrigado aos benfeitores. Que Deus vos recompense cem vezes mais e que a nossa Mãe celestial sempre nos proteja!