A Santa Cruz existe porque há pessoas que a fazem existir
Entrevista (extracto)
Como dar a conhecer o serviço que a Universidade presta à Igreja?
Os nossos melhores embaixadores são os antigos alunos.
O senhor é professor de Direito de Organização e Governo da Igreja. Como entender as mudanças realizadas recentemente na Cúria Romana?
A Cúria Romana é uma instituição complexa, com uma história milenar. Costumo dizer que, entre algumas questões singulares e outras que lhe são atribuídas, sobretudo nos filmes, gerou-se um “monstro”. Isso não corresponde à verdade: ajudar o Papa é difícil e as dinâmicas dos últimos decénios estão a pôr à prova todas as instituições.
O ministério de unidade visível que desenvolve o Papa é insubstituível e condição de possibilidade da caridade de Cristo: a Cúria Romana justifica-se por essa missão. Muita gente trabalha nela com seriedade e abnegação.
A Universidade faz 40 anos. O que está feito nestes 40 anos?
Antes de mais, gostaria de agradecer a todas as fundações de benfeitores e a cada benfeitor, estes 40 anos de ajudas, orações e alento. Pode parecer uma simples cortesia, mas não é. A Santa Cruz existe porque há pessoas que a fazem existir. Uma das realidades conseguidas é que milhares de pessoas queiram que a Universidade exista.
Nós que nela trabalhamos acumulamos dívida sobre dívida. Os números são frios e sempre parciais, mas ter acolhido nestes anos 15.000 estudantes de 1.300 dioceses, e ter publicado 1.800 livros não é uma coisa que se improvise. De qualquer modo, só no fim da vida de um aluno, de um professor ou de um empregado, é que se verá o impacto que ela teve.
