
Renars Birkovs é um sacerdote da Letónia, pequeno país báltico com dois milhões de habitantes, sendo quase todos ortodoxos e só um quinto da população católica. Quando Renars cresceu o comunismo já estava em agonia, depois de décadas de detenções e deportações de sacerdotes, e da constatação de que estes métodos, longe de extirpar a fé, a consolidavam.
Era difícil conseguir baptizar um filho
Então a metodologia mudou, mas os seus pais e os avós contaram-lhe como era dificil conseguir baptizar um filho e como tinham de celebrar o Natal de noite ou de madrugada, porque era um dia normal de trabalho e não podia ser conhecida a sua participação.

O bispo Teofilus Matulionis foi martirizado, e Renars sente especial devoção por ele. Recém-ordenado, Renars tinha o encargo de atender um lar de idosos e, um dia, uma utente que se encontrava no corredor disse-lhe que era ateia e começou a insultá-lo e a praguejar; Renars sentou-se ao seu lado e esteve a escutá-la; depois ela contou-lhe a sua vida e até que a sua avó era muito religiosa, terminando por se despedirem como bons amigos.
Isto serviu para perceber como é importante não ter medo e saber parar com humildade onde um sacerdote não é bem-vindo. Renars foi enviado pelo seu bispo para fora da Letónia para se especializar em direito canónico, graças a uma bolsa.