
Chamo-me Fathima Shirisha Giduthuri. Nasci na Índia, numa cidade do estado de Andhra Pradesh, em 1989. O meu pai é católico e a minha mãe era hindu, mas converteu-se ao casar com o meu pai. Ao visitar os lugares onde vivem os meus parentes maternos, compreendi a diferença entre aqueles que abraçaram Cristo e os que não. Embora esses parentes vivam uma vida muito virtuosa, carecem da segurança da salvação e da vida depois da morte.
Isto fez-me perceber que é muito necessário estabelecer o diálogo com eles para lhes fazer ver como podem saciar o seu desejo de salvação. Isto não significa que todos se tenham que converter, mas têm que encontrar a maneira de abraçar a verdade eterna. Um dos maiores dons que recebi do meu pai foi uma firme fé em Deus e o amor aos meus vizinhos, menos privilegiados do que eu na fé.
Senti-me atraída a dedicar a minha vida como religiosa.
Pouco a pouco, senti-me atraída a dedicar a minha vida como religiosa, mas tinha que saber qual era o caminho. Deus conduziu-me às Irmãs do Divino Salvador (Salvatorianas), uma Congregação universal com espírito missionário, e como na minha paróquia havia uma grande devoção por Santa Teresinha do Menino Jesus, isso também me empurrou a ser missionária.
As Salvatorianas foram as primeiras a levar a fé à população do nordeste da Índia. Somos mais de mil em 26 países.
Estive primeiro no estado de Punjab e depois enviaram-me para Roma, para ajudar na administração geral da casa generalícia da Congregação.
Estando em Roma, vi como é necessário que o nosso trabalho tenha eficácia para que o evangelho possa chegar a mais gente e inscrevi-me no programa de cinco anos de Comunicação Institucional da Universidade Pontifícia da Santa Cruz, graças a uma bolsa. Agora quase no fim dos meus estudos, posso dizer com certeza que tenho a suficiente formação para comunicar e para me ligar com pessoas de todo o mundo, e quero oferecer as minhas competências a todas as minhas Irmãs. De facto, a era digital apresenta uma oportunidade única para narrar tantas histórias de heroísmo e de serviço pelos mais pobres a uma audiência global, e inspirar assim a ação para um mundo mais justo e mais humano. Crescer na Índia é ser testemunha de inumeráveis obras de caridade e de apostolados destinados a melhorar os valores da sociedade.
Por isso quero agradecer especialmente aos meus benfeitores, cujo apoio financeiro possibilitou os meus estudos em Roma.